domingo, 19 de dezembro de 2010

Adeus 2010

  Eu queria poder e saber explicar 2010, mas esse ano vai além de palavras, agradecimentos, demonstrações, esse ano é um ano de lembranças.
  
  Comecei o ano com  quem queria, onde queria estar, mas com inúmeras dúvidas,não que essas dúvidas tenham desaparecido, elas hoje percorrem um outro caminho. No inicio do ano era uma recém-formada, com 50% de chance de ter um emprego na área, com motivação moderada, com um ócio útil para mim e inútil para os demais, cobrava o olhar dos outros para a minha realidade e era feliz com o descaso que eu tinha com a verdade. Algumas entrevistas, alguns cursos, o tempo foi passado a minha chance de arranjar um emprego na área caiu para 10% e de repente me vi em um caminho que nunca tracei, com um ânimo que não era meu, com os olhares distantes de mim e com uma auto piedade elevada e mais uma vez eu pratiquei o meu chamado ócio útil.

  Contei com alguns apoios, com amigos que nem sabia que existia, com entrevistas que me fizeram chorar, com uma entrevista reveladora para mim, essa entrevista foi um choque de realidade e depois dela fiquei sabendo que a minha chance havia sido reduzida a 0.

  O desespero nos faz notar novos caminhos, novas chances, um caminho de marcha ré que pode dá inicio a um caminho prospero e desconhecido...tudo dependerá de você! Esses passos para trás me levaram a Facom, um lugar que não é meu, que não me encaixo, que nunca sonhei e que com toda certeza é uma punição para os meus erros do passado. Mas a Facom me levou para um mundo que já deveria ter sido meu, de coisas que teoricamente eu já sabia, mas que a prática revelou ser outro mundo e assim eu conheci a Marcativa. Nas minhas férias eu conheci o mundo integral da publicidade e do atendimento, durante a Facom eu conheci o mundo do Planejamento e da Mídia, foi nesse momento que meu ócio útil se tornou útil. Os dias não são longos, as tarde são passageiras, as vezes me deparo com Vanessa da Mata, com os quilos de açúcar, com o consumo desenfreado de café, com momentos do Tchan, com estresses, mas com momentos que mais me fazem rir...um novo caminho!

 As pessoas ainda não conseguem entender as minhas decisões, eu ainda não consigo aceitar as conseqüências delas, mas eu vejo um caminho que sempre quis ver, talvez ele venha futuramente, mas sinto que estou cada vez mais perto... Para alcançá-lo, eu só preciso correr!
No resto eu ainda sou a mesma, a mesma pessoa que varia, que tem medo, que erra, que grita, que dá xilique e que não sabe até quando as pessoas vão entender, mas eu preciso entendê-las. O inferno não são os outros, quando para os outros o inferno só pode ser você! Esse ano me deu o pior de mim, mas o pior de mim me faz ver que eu posso buscar o melhor, mas não posso me permitir ser passiva as minhas atitudes..hoje é hora de crescer! Hoje não estou chegando ao fim, eu me sinto no inicio de uma busca que já deveria ter começado!

sábado, 11 de dezembro de 2010

0+5+1+0+2+0+1+0 = 9 (número que encerra o seu ciclo na numerologia)

  Ser uma pessoa pessimista me torna um obstáculo, ser realista me torna rabugenta, ser otimista me torna falsa, ser falsa me torna legal!



 Rumo a essa campanha Miss Simpatia, as pessoas vão se anulando, vão ouvindo mais, ouvindo coisas que duvida que as pessoas sentem ou tenham coragem de dizer, vão vendo absurdos e vão se cegando para eles e quando se vê, essa pessoa já faz parte de todo o absurdo!

  Mas se jogar e viver o caos é apenas uma opção, o mundo roda e tudo se renova, mas por que queremos ser sempre os mesmos, com os mesmos hábitos? Essa estrutura única me apavora, eu morro de medo de ser a mesma, de fazer as mesmas coisas, de estar com as mesmas pessoas e nunca ser 10% do que sonhei...eu não aceito esse comodismo de ser uma única pessoa em uma única vida. Clichê e hipócrita é aquele que faz de Raul Seixas o seu hino e teme todo e qualquer passo, eu quero dar passos, ir para frente ou para trás, mas eu quero andar, quero pular, sofrer, sentir e no dia que não conseguir mais fazer isso, eu terei a certeza que morri e mais uma vez farei algo para dar certo.

  2010 está quase acabando e quase tudo que cultivei durante esse ano, está indo embora também....as vezes é hora de dar adeus e estou sentindo que tudo isso foi feito para me libertar das coisas que me prendi.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Stand by me




  Acho que muito do que sou hoje foi formado ainda quando era criança. Os meus filmes e histórias prediletas têm muito a ver com o que considero importante, por exemplo, os meus filmes prediletos são “Conta Comigo – Stand by Me” e “Os Gonnies”, o que eles têm em comum? Os dois falam da amizade, da aventura entre amigos e como eles são importantes e eu cresci assim, inclusive no filme Conta Comigo tem uma frase que acho um máximo “Eu nunca terei amigos como os amigos que tive aos meus 10 anos de idade”.

  Eu realmente acredito que nunca terei amigos como os amigos que tive aos 10 anos de idade, hoje não os vejo, sei o que aconteceu a eles, na verdade eu preservei a imagem deles para não me entristecer ou me frustrar com a nossa relação atual. Eu cresci, fiz novos amigos e vivi novas amizades semelhante aquelas dos meus 10 anos de idade. E como todo o processo eu fui feliz, me frustrei, fui feliz e assim fui vivendo.

  Hoje avalio que somos tão egoístas, nós gostaríamos que os outros abandonassem suas vidas para entender os nossos problemas, que largassem os seus lazeres e se afogassem nos nossos problemas, que entendessem os nossos problemas, mas os nossos problemas são tão nossos!

  E quando parto do principio que os nossos problemas são tão nossos, essa premissa serve para nós e para vocês, se o meu problema é tão meu o seu problema é tão seu. Mas o nosso egoísmo não permite essa ótica, ele permite que um pequeno problema se torne cada vez maior, as coisas que não interessam passam a interessar e voltamos à mesma crise.
Mas quem detém o sentimento de amizade, a noção que pessoas diferentes reagem a problemas de maneiras diferentes sabe que nenhum problema é tão meu ou  tão seu, ele passa a ser nosso! Como ser feliz sabendo que um amigo seu não está feliz? Como observar uma “3º guerra mundial” sentando no sofá e comendo pipoca? Como ficar no meio de uma confusão e observar o caos e não fazer nada?

  Nós não podemos ser assim, não podemos ver as pessoas com determinados problemas e não se meter, nós podemos ajudar a  resolver, podemos  brigar, não devemos nos omitir e isso convém as pessoas. E sem criar mocinhos e bandidos, nós devemos fazer o que achamos certo, sem cobrar atos semelhantes, sem lamentar, implorar ou cobrar... Talvez esse seja o equilíbrio desse mundo,  pessoas mais egoístas e pessoas menos egoístas, pessoas que pensam sobre tudo e as que preferem não pensar em nada, os interessados e os interesseiros, a nossa única certeza é que   nenhum dos lados nos faz melhor ou pior que o outro

sábado, 30 de outubro de 2010

Parabéns Rodrigo Castro




  Tudo merece um por que, tudo merece um começo, meio e fim, tudo merece o porquê do começo, a presença do meio e a saudade do fim e quando essa seqüência não existe é porque o inicio não tinha sentido, o meio sofreu com ausência e o fim foi um alivio.

  Mas o que fazer quando o começo não tem sentido, o meio sofre com a ausência e o fim é marcado por uma necessidade inexplicável? A resposta eu ainda não sei, mas vivo com o doce sabor da presença da sua ausência e assim você me parece tão presente, sua presença alimenta a necessidade que tenho de você e cada tchau se transforma em um adeus e eu passo a aceitar que você não estará presente.
Rodrigo,

  Esse dilema, essa confusão e essas frases sem sentido só possuem sentido quando se trata de você, você não aparece, você mente, você inventa, você some com a mesma freqüência que aparece e volta desaparecer, mas eu passo a me contentar com essa sua rápida presença que logo se torna mais uma ausência.

  

  Eu lembro a primeira vez que falei com você, me lembro da frase que você usou, lembro de ser 4º semestre, lembro que pensei “eu serei amiga dele” e  lembro que você desapareceu. No 7 º semestre, você aparece, eu não lembro exatamente quando e como passei a falar com você, não lembro quando você se tornou tão importante, não lembro do que conversávamos, eu só sei que aconteceu. E nesse meio tempo vieram os papos,  Gramado, o projeto, os muitos bares que não fomos,  a cerveja que não tomamos juntos, os inúmeros maços de cigarros que você fumou e que eu respirei, as longas tardes na UCSal que ao seu lado tornaram-se curtas, as fofocas, as juras, as loucuras....

  Como dizer a alguém que odeia ser cobrado, amado, aclamado, paparicado que eu preciso dele? Como alguém como eu, que odeia dizer que ama os outros,alguém que odeia tocar nos outros, ser tocada, ser paparicada ou ser elogiada pode dizer para a outra pessoa que s ama? Enfim, nós somos tão parecidos que tudo que nós odiamos não nos incomoda quando se trata de nós dois.
  
 Quer saber???? Vamos ouvir legião, vamos sofrer juntos, lamentar juntos, reclamar juntos porque assim ganhamos mais.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Parabéns Lolys


Anna Carolina,

Textos bonitinhos, palavras decoradas, frases calculadas não seriam a melhor forma de resumir o que você gostaria ou precisaria ler.

Você é mais que estereótipos, mais que uma imagem no espelho, mais do que parece ser e muito mais do pouco que oferece aos demais. Carol, não se permita ser pouco para uma pessoa que pode ser muito, você é muito mais alegre que as pessoas que a rodeiam, mais corajosa do que representa, mais paciente do que pode ser, menos amante do que deveria ser.

Carol, olhe para fora e veja o quanto você ainda está dentro, o mundo te chama e não deixe de se aventurar com ele, não se permita limitar, não se permita não tentar, não  se permita ser pouco , o muito ainda pode ser pouco para você.

Enfim toda essa redundância só serve para lhe alertar, para lhe dizer que torço muito por você,  para você lembrar que fora todos os meus ataques, falta de educação ou momentos egoístas, eu lembro da importância de vocês, do sentimento que tenho por vocês e como vocês são seres especiais.

Eu te amo Lolys

Ps: Esse era meu scrap, logo ele não foi feito para ser texto, mas o orkut é todo limitado...

sábado, 4 de setembro de 2010

Lembrando, sonhando, buscando....

Há tempos criei uma mensagem para uma amiga e juro que amei. Eu amei não por achar extraordinário, mas por conseguir escrever e enxergar um pouco dela em cada palavra.....ela pode não entender, mas ainda acho que o mundo que ela escolheu ainda é muito pequeno para o que ela tem a oferecer




 A vida passa, o tempo passa e o que sobra é o melhor de nós mesmos e do mundo.
Nós somos o que sonhamos, o que nossos pais criaram, fruto da projeção dos outros, fruto da mídia, resultado das nossas decepções, somatório da nossa alegria, nós somos NÓS MESMOS.
 Somos solidários a tristeza alheia, impiedosos em alguns casos, aventureiros em milhões de histórias que não nos pertencem, amigos, porque não inimigos, felizes, tristes, egoístas, cooperativistas... e voltamos a ser NÓS MESMOS.
 A vida não começa e termina aqui, a vida pode ser maior, maior que qualquer cidade,ciclo de amizades, que qualquer sonho. Toda decisão, toda despedida, toda ideia e todos os prós e contras são possibilidades. E o que seria da vida sem possibilidades? Se for, como ficarão as pessoas que deixou? Se ficar, como seria a sua vida se você fosse? Vale à pena largar tudo por uma pessoa ou sonho? Vale a pena se acomodar com tudo o que você desenvolveu ao longo de anos e não tentar viver melhor com alguém que te faz melhor? Vale à pena ceder ao discurso “o que farei sem você aqui”? Vale à pena?

 São tantos questionamentos, tantas dúvidas e tantos sonhos falidos ao longo dos anos e a gente sempre se pergunta “Valeu/Vale a pena?”

 Sempre vale a pena tentar, lutar, correr atrás do que desejamos, só não vale a pena viver a eterna novela do “Se”. E abolindo esse termo de nossas vidas que nos diferenciamos daqueles que sempre irão idolatrar a vida do outro, daqueles que nunca serão felizes o suficiente para terem possibilidades, e será assim que poderemos pensar o quanto decisões certas ou erradas (depende do olho de quem ver) nos tornaram as pessoas que nós somos....NÓS MESMOS

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

“Nós precisamos ser grandes!”




 E se tornar um  grande ser tem sido tão cansativo, viver dessa maneira tão retrógrada é tão desnecessário ao meu ego e dizer no final “sim senhor/senhora” se resume ao meu último discurso.

  Quando tentei fazer o mundo girar em sentido contrário tive que arcar com os males do passado, com as responsabilidades que até então pertenciam ao passado, mas elas têm que voltar e o cansaço natural me faz achar que não consigo tentar novamente. Eu consigo?

  Hoje vivo na divisão exata do que me apaixonei um dia, da minha nova paixão, da minha antiga e tão atual resistência e da possibilidade de começar algo extremamente novo. Essas possibilidades me fazem mergulhar em um mar de dúvidas e me questionar como pessoa, meus medos alimentam a minha insegurança, a minha necessidade de aprender e ser melhor às vezes esbarra nos meus limites cronológicos e intelectuais e eu apenas preciso tentar mais.

  Hoje tenho metade de mim que está onde sempre quis estar a outra metade está onde quis estar por pressão ou por conveniência e o medo reside no dia que essas duas partes precisarem se unir, o que farei? 

  E após a minha overdose de otimismo, eu sei que continuarei ou começarei a sugar dos dois ambientes que resido para no final decidir qual será o melhor para mim.

                                                                Enquanto isso, continue a nadar....

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O amor, ah o amorrrrrrrr!




  No Brasil, o dia dos namorados foi uma invenção de João Dória (o pai do João Dória Jr, o boss do aprendiz) e Ribamar Castelo Branco. Eles criaram uma data para aumentar o número de vendas de uma determinada loja, hoje o dia dos namorados tem a mesma função vender, porque esse tal amor aí está complicado.


 Quando solteiras, as mulheres sonham com o par ideal, aquele que nunca vai usar blusa estampada com bermuda xadrez, que não vai usar jeans com sandálias havaianas azul e branca, que sabe que macarrão e feijão não se misturam, que sabe que Parangolé não é MPB, que o Ozzy não é reencarnação do capeta, que sabe que a namorada não é trofeu ou que a mesma não foi eleita a miss dona de casa 2014( Amélia morreu!) e que pratique o exercício de DR por pelo menos 1 vez a cada 6 meses. Quando solteiros,   os homens sonham com o par ideal, aquela menina que entenda a importância do futebol e da cervejinha com  os amigos, que saiba que escanteio é batido com o pé, que tenha algum dote culinário e que não saiba o significado da sigla DR.

 Quando largamos o título de solteiro, nós recebemos o temido título de “namorando”, mas como saber que trocamos de título? Orkut! Só namora de verdade quem tem “namorando” no orkut, eu não concordo com essa afirmação mas na prática o babado é esse! Depois de colocar o namorando do orkut e ativar a curiosidade de todos, ganhar 100 scraps com a mesma pergunta seguida da felicitação “Namorando? Oh amiga, você merece e eu espero que você seja muito feliz”, aí tem a primeira foto de beijo e  vários coments “S2” ou “casal do ano” (no término desse paragrafo eu estarei gofando). Nesse estágio, o namoro ganha o seu mundo paralelo, o orkut. Enquanto o casal briga e se ama no mundo físico, no orkut ele faz uma sinopse do relacionamento, a cada briga uma mudança de status, a cada término membros do tal namoro saem para o primeiro bar e tiram milhões de fotos e antes do fim da noite já postaram todas as fotos no seu albúm, a mensagem no título do perfil se torna um livro de auto-ajuda, e quando decidem reatar o namoro todas as fotos das noites super badaladas, todos os scraps de amigas loucas para sair, todas as frases de auto-ajuda desaparecem e voltamos para o estágio inicial status namorando, scraps mais do mesmo e comentários nas fotos. E quando a chatice chega um grau insuportavel é quando o casal apenas namora e põe casado....aí prefiro não comentar!

 Mas amor é amor, seja ele lindinho, fofuxo, bizunguinho, traste, miseria, bubu, seja no msn, orkut,facebook,twitter, seja baixo,alto,amante do futebol,do tênis, apaixonado por Almodovar, Glee, Gossip, por luta livre, por video game... isso não importa! Importa é que queremos sempre dividir algo com alguém, sonhar com uma vida nossa, ganhar ou perder com um parceirão do lado.

 E nessa semana vamos agradecer ao Dória e ao Rio Branco comprando presentes, alimentando a economia, desnutrindo o nosso bolso, frustrando solteiros que buscam um par, nos ajeitando com as amigas para uma noite de solteiras, chamando os brothers para tomar mais uma cervejinha e até a meia-noite do dia 12 ainda estaremos para “game”


segunda-feira, 26 de abril de 2010

O sonho de continuar tentando


Graças a essa loucura (chamado texto), eu fui uma das ganhadoras do Concurso da Eletrocooperativa/ Agência Africa
Ok, eu vou lendo e vou descobrindo 10 milhões de erros, mas ok!
Meus professores de redação sempre falavam que eu era prolixa, que meus textos não tinham evolução, que tenho problemas com a gramática, enfim eu sempre soube que escrever não era comigo. Eu não discordo, ao contrário, eu concordo...mas às vezes, eu quero me dar o direito de sonhar!

Ps: Eu banquei a louca e apaguei o arquivo em word, mas se apertar na imagem abre uma nova guia ou tem o link http://eletrocooperativa.org.br/wp-content/uploads/2010/04/texto_eletrocooperativa-725x1024.jpg


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Enquanto isso...





Enquanto alguns se perdem na dor, no sensacionalismo ou na omissão, outros se acham no poder de ser alguém, de fazer algo ou de ajudar aos outros.

Qual o limite de achar e de ser perder? Por que ainda não me achei, por que continuo alimentando a dor de ser telespectadora, alimentando o sensacionalismo de artistas que utilizam a tragédia para se promover, por que me omito neste momento? Mas este "eu" não seria sinônimo de "nós"?

Agora pense na força dessas pessoas que se "acharam", que provavelmente perderam seus parentes, suas coisas, suas vidas, mas mesmo assim, essas pessoas estão trabalhando na reconstrução da vida de outras pessoas.

Tem coisas que não precisam ter sentido, não precisam ter começo, meio e fim...e quando as coisas são assim, basta refletir sobre isso!

domingo, 28 de março de 2010

Salvador laiálaiálaiá


Você conhece Salvador? Você já viu Salvador? Volto e pergunto: “Vou conhece Salvador?”

Todos os dias eu sinto que conheço Salvador ainda mais,mas mesmo assim eu sei que não a conheço. Eu tive o prazer de trabalhar em uma rádio que me levou a todos os bairros de Salvador, eu fui a Itapoan, Imbuí, Cajazeiras, Periperi e em todos os milhares de bairros que esta cidade abriga, e eu paro e me pergunto: “Que Salvador você conhece?”

Eu conhecia a Salvador do rico, da classe média, mas me apaixonei pela Salvador dos “pobres”, aquela que perdemos o nosso titulo “a aspirante a sulista” e vivemos os dias de “O pai ó”, aquela Salvador que todos os vizinhos se conhecem, que andar de soutien na rua é coisa comum, a Salvador que na segunda-feira tem o velho e bom churrasco e todo transeunte é mais um convidado, a Salvador que o soteropolitano burguês desconhece, aquela que guarda pra si a linda vista do Bonfim, os prazeres da Cidade Baixa, o exótico trem da suburbana, a Itapoan que Vinicius não viu, o centro comercial de Cajazeiras, a receptividade da Baixa da Égua, o carisma do Bairro da Paz, a boémia do Garcia e a loucura de entrar em bairros que precisamos de “permissão”.

Mas não só do exótico povo soteropolitano vive essa cidade, ela vive da beleza da Barra, do prazer de tomar um simples café na Aliança Francesa (ladeira da Barra), de viver dias cults e visitar os museus dessa cidade (Viva o prazer de ter a arte barroca!), de saudar as entidades do Dique, de visitar o MAM e acreditar que tudo pode melhorar com a beleza da vista, com a arte única e voltar a realidade com o pagode vindo de Gamboa, subir a Contorno , e pra ser mais feliz, subir até a Ladeira da Montanha e alcançar a perfeição, tomar o sorvete da Cubana,cruzar a cidade para tomar o velho sorvete da Ribeira, desejar todo e qualquer acarajé....

Qual a minha Salvador?

A minha Salvador é tudo o que há nela, mas amo o Rio Vermelho (uma pessoa que sai de Piatã pra fazer qualquer refeição no Rio Vermelho tem que amá-lo). O Rio Vermelho que é fora do padrão de Salvador se refaz no seu próprio padrão, um bairro que é “proibido proibir”, que a monocromia e policromia dividem o espaço e cada um se respeitando, há quem o chame de bairro Alternativo, há quem diga que só tem roqueiro, há quem diga que só tem gay, há quem diga que só tem desocupado......O que eu digo? No Rio Vermelho só existem pessoas felizes! Elas buscam diversão, descontração, liberdade de pensamento e de figurino...elas não querem rótulos.

Enfim, essa é a Salvador que eu conheço e tenho o prazer de não conhecer o seu todo, espero ter a vida inteira para terminar essa descoberta.

terça-feira, 9 de março de 2010

Ela não cabe em 1024 caracteres

Penso que ela é distante de si mesma, habita a vida inteira, absorve sentimentos diversos,de todos, decifra olhares e os transformam em literatura, como se resumisse em trechos vidas inteiras. Tem a sensibilidade daqueles que olham para dentro de tudo, sempre. Não se dá bem com os elogios, muda de assunto, foge. Não se contenta com o que faz sentido, busca o impensado, o nunca visto, ou o que sempre esteve ali e ninguém nunca percebeu. Encontra sóis onde a noite é alta, e tem tantas dentro de si que não cabe nela mesma, ao menor sinal explode em uma profusão de sentimentos, de significados que ninguém entende, mas que fazem todo o sentido. Vive a intensidade de cada dia como se fosse o último. É um texto sem vírgulas, sem pausa alguma, simplismente avança pela história porque é dona dela, sem nunca dizer que é, nem o que é. Conquista as pessoas pela porção de cada uma que carrega com ela, e segue guardando em si as melhores e as piores partes de alguém com quem talvez tenha passado horas falando sobre tudo, fumando os melhores e os piores cigarros, sem nunca ter colocado um deles na boca. Muitos pensarão que nada disso faz sentido, que se falou um monte de coisas sem se falar nada, que onde teria de haver gritos fez-se um silêncio insuportável, mas assim é Flávia rosa, sem sentido, sem nexo, sem nada, mas sempre trazendo consigo todas as coisas das quais realmente precisa para merecer um bom banco, uma tarde inteira sem nada para fazer, um amigo, ou muitos deles, para falar sobre tudo, sempre com a certeza de que ainda ficou muito por dizer.

domingo, 7 de março de 2010

A CRISE DA VELHA IDADE

Obra de Salvador Dalí - Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo

Quando você tem 10 anos de idade, todos olham na sua cara e dizem o quanto você é uma criança fofa, o quanto os seus atos infantis são lindos, mas é só cometer um erro que você deixa de ser criança e escuta o velho discurso: “Você não é mais criança”. Mas 2 minutos atrás eu era criança e agora não sou mais?

OK! Você continua crescendo e ouvindo esse discurso, aos 16 você se torna adulto pra votar , mas não para dirigir, você é adulto para comprar bebida para os outros, mas não pode beber. Meu Deus, eu sou criança para algumas coisas e adulto para outras, mas como saberei se sou criança ou adulto? Aos 18 anos, você vai ser obrigado a crescer,você vai escolher o seu futuro: VESTIBULAR. Mas agora o mundo diz: “Você é adulto” ,você é OBRIGADO a votar, você pode dirigir, pode beber, pode fumar, pode ser feliz. Feliz? Aos 18 você adulto sente-se criança com toda a pressão que os seus pais fazem: “Você tem que ser médico,advogado,enfim doutor!”, mas depois que o mundo te deu o título de adulto e você faz uma escolha sua (ser ator, publicitário)os seus pais dizem que você é muito criança para decidir o seu futuro, mas você só quer ser feliz com a sua escolha.

Mas o mundo não é como seus pais, quando ele diz que você é ADULTO é porque você é realmente ADULTO e nunca mais ele lhe tratará como criança. Você não pode errar, não pode mentir, não pode falar a verdade, não pode ser você, não pode exagerar, você nunca pode ser aquilo que o mundo não aceitará e dentro de um mundo existem vários mundos e pra cada um deles você será um adulto diferente. E ser adulto mo mundo é a verdade que vamos descobrir, são os medos que vamos enfrentar e são os prazeres que nos eram desconhecidos.

E a partir de hoje, nós iremos ingressar nesse mundo dos ADULTOS...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Obrigado!


É possível passar por essa vida só? É possível sentir-se como único merecedor da vitória? É possível não agradecer ao mundo? É possível respirar e sentir o alivio do termino?

Não seria possível chegar aqui e não lembrar de todos os amigos que foram amigos e inimigos nesse momento de construção, de lembrar dos inimigos que sempre torceram contra e me impulsionaram a favor da grande vitória, dos parentes que nos momentos de alegria e tristeza se fizeram tão presentes, da MINHA IRMÃ que sempre me deu exemplo de coragem e vitória, da minha MÃE que viu a pobreza da infância se tornar o trabalho da maturidade e o luxo das suas filhas, da minha TIA ZEO que dedicou a sua vida a minha ingratidão e ao meu eterno amor (se não houvesse essa dualidade não seria eu), aos MEUS IRMÃOS que não são de sangue mas que são de coração, que me ensinaram na prática o que é dividir sem perder,o que é amar sem pedir.

Porquê não a Meu pai, aquele que não se fala o nome a quase 1 ano, mas que é o único que mostra o pior de mim, que me faz chorar nos momentos de felicidade, que me faz perceber que a terra pode ser um eterno vazio, que faz o meu humor ir a 0, que me faz vê que ninguém pode morrer enquanto está vivo e enquanto estiver vivo nos sentimentos que mais gostamos de esconder, aquele que sempre criticou o que faço, que sempre quis que eu fosse a melhor, que sempre me impulsionou para isso, que me levava pra natação, que queria que eu comesse feijão, que queria que eu acertasse todos os cantores das mpb...enfim, a pessoa que me fez quem eu sou! A MINHA que sempre me liga e sempre me diz coisas que me fazem mais feliz, a DEBORAH que torna cada ano menor quando conto os dias pra nos encontrarmos, pelas conversas no msn ou por simples scraps, pelo JÃO, G e FRED que fizeram desses últimos anos os melhores e mais engraçados, as AMIGAS DA FACUL que facilitaram o processo e que animaram todos os momentos, a NAIANA que sempre foi um exemplo de personalidade e atitude. (só pra respirar)

AS MINHAS AMIGAS que duvidaram da minha falta de tempo nesse último período, mais que com uma atitude ímpar perdoaram e que com os longos anos de amizade perdoaram todos os meus ataques e sorriram comigo em todos os momentos de felicidade. A Catharina e a Priscilla que podem passar 100 anos sem falar comigo, mas eu carrego as duas como um chamado para consciência e amizade. Aos MEUS GRANDES AMIGOS que com suas loucuras,dramas e alegrias fizeram a minha vida mais animada, louca e divertida.

A JOHNATAN tudo foi com ele. Eu descobri que passei no vestibular ao lado dele, ele foi o primeiro a me parabenizar, eu voltei do trote com ele, eu chorei as matérias perdidas com ele, minha vida pessoal desabou com ele, eu passei nas matérias com ele, minha vida pessoal melhorou com ele, ele não foi na minha banca.....mas ele me fortalece a cada desistência (ele nunca vai ler isso, ele nunca lê).

Enfim, perdi todo o foco. A mim por tentar controlar a minha loucura, por ter errado muito, por ter me punido muito mais, por ter acertado, por ter sido paciente, por ter sido louca...A Deus porque é louco o bastante por me oferecer novas chances, por me ouvir nos momentos de desespero, por me punir quando pego pesado e por ter me oferecido a chance de conhecer todas essas pessoas e de contar com o apoio delas.

Enfim, os términos são sempre o inicio de uma nova vida,uma nova fase.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Perfil do orkut


Eu gosto da constância da minha inconstância

Gosto de odiar o que todos amam e de amar o que todos odeiam

Gosto das manhãs de chuva, das noites sem estrelas e do fim de tarde ensolarado

Mas de repente,

Gosto das manhãs de sol, das estrelas da tarde e do sol da noite

Amo construir o que está desconstruído

Amo terminar o que não tem fim e odeio começar o que já foi terminado

Não amo o novo apenas o admiro, me apaixono pela novidade do velho e amo a diferença do diferente

Amo as tardes vazias, as músicas depressivas e a solidão que observa tais momentos

Mas amo ainda mais, a ocupação da noite, a felicidade dos momentos intimistas e alegria que nos observa

e nos reserva momentos melhores

A minha inconstância já é dependente da minha constância, a minha vontade de mudar não obedece ao

tempo de mudança e quando não sei mais o que fazer

É porque já sei que é hora de mudar!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Lucas,oh Lucas



Amizade, amor são situações/sentimentos que não precisam de contexto, eles apenas existem.

Mas só pelo fato de existirem já criam um contexto, uma vivência, um costume, uma necessidade.

Várias pessoas questionam o porque da minha admiração,necessidade e fragilidade ao lhe dar com você, elas acreditam que sou apaixonada por você, o pior é que elas estão certas. O amor para mim é aquele sentimento baseado na rotina de ter o outro, no sentimento que ali existe mas não tem mais forças para lutar contra o tempo, ele é apenas um acomodado; a paixão é vontade de mudar o mundo por alguém, de ver cada pôr-do-sol como um evento único, cada briga como uma desculpa pra se ter novos momentos e melhores, e você desperta isso em mim.

Você com seu ar aquariano, com essa falta de compromisso com a nossa amizade, com suas aparições repentinas só pra dizer que me ama, despertam em mim um sentimento de culpa. Mas, eu culpada? Eu sempre estou aqui, eu brigo por você, já chorei por você e mesmo assim me culpo, a verdade é que você me faz perceber que com você e com ninguém posso voltar a ter 8 anos de idade, o seu não agride o meu egoísmo, a sua falta de não ou sim mais a sua ausência revelam uma Flávia desprotegida, uma Flávia que não controla tudo a sua volta.

E nesse mar de fragilidade, a condenação das pessoas a minha volta, o seu descompromisso e a necessidade da sua presença me fizeram rever valores e conceitos....chega de lamentar a sua ausência, chega de te culpar na sua presença, chega de sofrer de saudade...

Vinicius de Moraes disse: “Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre”. Quem seria eu para negar Vinicius?!! Amigos não preciso estar 24hrs, não precisam se ver 7 dias por semana, não precisam nem ligar uma vez na vida,quando na verdade, inúmeras vezes me peguei pensando em você e no dia seguinte você aparece no msn, manda msg no orkut ou liga e apenas diz "fau, eu te amo, não esqueça de mim"...será que preciso de mais?!

A Lucas,

Desejo todo o trabalho do mundo, com sua inteligência e o seu excesso de termos nunca ditos em momentos de descontraçaão, seu amor por Maíra seja triplicado e porque não elevado ao quadrado (foi nesse dia que aprendi a perder sem estar perdendo), desejo que um dia possamos visitar Ibiza, que possamos nos encontrar e a cada encontro reelembrar todos os nossos momentos.

“Há Momentos - Clarice Lispector

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ao John

Querido Johnatan,

Quando nós somos crianças sonhamos com uma vida que não existe, com amores impossíveis de ser amar, com caminhos impossíveis de serem seguidos, por isso continuamos a sonhar.

Na adolescência, o sonho chega ao fim. Os amores perfeitos deixam de ser amores e perfeitos para serem apenas mais um passatempo, os caminhos antes curtos e fáceis tornam-se sombrios e cheios de obstáculos, e é nessa fase que paramos de sonhar.

Mas aos 16, eu tive o meu retorno ao mundo dos sonhos. Aos 16 eu conheci a pessoa que seria o meu amor perfeito, a pessoa que facilitaria o meu caminho, a pessoa que não permitiria o meu descaso com o meu propósito.

Nas fase adulta, as coisas não caminharam como havia sonhado, mas não posso dizer que não sou feliz. A felicidade estar na capacidade de amar, nos momentos que antecedem o beijo, nos segundos que não consigo abrir os olhos depois de um beijo, no medo de compartilhar nossos medos, na coragem de compartilhar os meus erros, na não sensação de perda de tempo, na capacidade de viver uma vida unida a outra vida, na vontade de ser dois sem anular um, no seu riso, no meu “bico”, no terceiro “eu” sendo “seu”

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu já comecei a escrever esse texto 3 vezes já escrevi sobre o que eu quero, sobre mim e sobre mim de novo.

Eu não sei o que eu não quero, eu sei que eu quero trabalhar, eu quero tirar essa sensação de não saber nada e ter a sensação que estou trabalhando e aprendendo a coisa que mais me interessa.

Todo mundo pergunta que área da comunicação eu desejo atuar, eu sei o que quero fazer, eu quero trabalhar com Marketing. Eu quero viver a prática, eu quero trabalhar mesmo que no começo eu me sinta perdida, mesmo que erre, mesmo que escute reclamações, mas nesse período também quero acertar, quero voltar pra casa com a sensação que sei mais e amanhã saberei muito mais.

Ah, mas eu também não quero ser tão séria. Então farei o que fazia nos meus antigos blogs (ai meu deusss, vai ficar tenso)

O dom de ser aspirante a famoso

Dizem que todos tem um dom, eu fico preocupada com o meu,será que ele nunca vai se revelar? Ai meu pai!

Algumas pessoas tem o dom de serem aspirantes a celebridades, tem pessoas que só surgem no carnaval, tem pessoas que só surgem como arroz de festa, tem pessoas que tentam mas nunca surgem. No carnaval sempre tem a briga pelo cargo de rainha de bateria, quem vai ser? Quem pagou a mais? Quem tem mais ml de silicone? Meu bem, isso dá pano pra manga, dá briga no meio do pátio da escola, dá capa da playboy ,e em alguns casos, dá a segunda capa. Tem o famoso arroz de festa, gente que a gente nunca viu e só vê no fundo da entrevista do Amaury Jr e do saudoso Jorge Pedra (para o mercado baiano). O arroz de festa jura que não quer aparecer, mas sem querer ele sempre passa pelo entrevistador e sempre arranja um jeito de falar (mas como o arroz de festa não gosta de aparecer é melhor nem citá-lo mais). O aspirante a famoso que ninguém conhece mesmo, todo mundo tem uma vizinha que tem uma filha que vai pra todas as festas e se joga pra todos os artistas, que fica na frente do palco querendo passar o número do tel para o cantor, que fica no fim de festa tentando algo, que vai pra todas as seleções de atriz.modelo e manequim e nas horas vagas canta também.

........

Para essas pessoas, eu peço 1 minuto de silêncio!

(1 minuto depois)

Êlelê...acho que vou ficar por aqui! Já escrevi besteira demais

#chorameliga