quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ao John

Querido Johnatan,

Quando nós somos crianças sonhamos com uma vida que não existe, com amores impossíveis de ser amar, com caminhos impossíveis de serem seguidos, por isso continuamos a sonhar.

Na adolescência, o sonho chega ao fim. Os amores perfeitos deixam de ser amores e perfeitos para serem apenas mais um passatempo, os caminhos antes curtos e fáceis tornam-se sombrios e cheios de obstáculos, e é nessa fase que paramos de sonhar.

Mas aos 16, eu tive o meu retorno ao mundo dos sonhos. Aos 16 eu conheci a pessoa que seria o meu amor perfeito, a pessoa que facilitaria o meu caminho, a pessoa que não permitiria o meu descaso com o meu propósito.

Nas fase adulta, as coisas não caminharam como havia sonhado, mas não posso dizer que não sou feliz. A felicidade estar na capacidade de amar, nos momentos que antecedem o beijo, nos segundos que não consigo abrir os olhos depois de um beijo, no medo de compartilhar nossos medos, na coragem de compartilhar os meus erros, na não sensação de perda de tempo, na capacidade de viver uma vida unida a outra vida, na vontade de ser dois sem anular um, no seu riso, no meu “bico”, no terceiro “eu” sendo “seu”

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