quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pausa no hiato...



Engraçado como sempre tive dificuldade de me comunicar. As minhas palavras nunca ecoaram em alto e bom som.  Eu diria que elas perdiam significado. Ao contrario de quando escritas, assim elas ganhavam definição, forma e até expressão.


E assim fui vivendo. Eu escrevia aquilo que não me era possível falar. A escrita era a melhor forma de expressar o que as minhas cordas vocais tentavam e sempre falhavam.


Mas a partir do dia que o meu corpo decidiu ganhar o mundo, as minhas palavras escritas decidiram “se calar”. E por um 1 ano, 3 meses e 29 dias, eu perdi a minha melhor capacidade de comunicação.
 E como explicar para mim mesma tudo aquilo que estava vivendo? Como colocar pra fora toda a dor e amor que estava sentindo naquele momento? Como pedir perdão para mim e para o mundo já que as palavras pareciam fugir dos meus dedos?


Sim, vivi a pior experiência da minha vida...Queria sentir a necessidade e a vontade de escrever como sentia há tempo atrás, mas isso parece não me pertencer....E assim, sinto esse vazio.

Mas se Deus não te dá o dom, a vida lhe permite a pratica. E a partir de hoje quero obrigar as palavras a seguir os caminhos que levam aos meus dedos. Permitir que elas carreguem todos os meus sentimentos e que os mesmos sejam postos para fora...afinal, armazenar tantos sentimentos tem me levado ao auge da fadiga mental.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

#partiuplayboy

Para falar de hoje, preciso voltar a 10 anos atrás.  Para que a narrativa fique menos sofrida, decidi escrever para a Flávia de 17 anos.


É menina, quem diria... sabe tudo o que você planejou, todo o futuro que você idealizou? Sim, ele é completamente diferente.

Logo você que desejou viver a eterna solteirice e acreditou que a vida seria muito melhor com uma dose pura de vodka, você errou. Mal sabia que um problema de estômago lhe afastaria da sua bebida predileta. Sobre a solteirice? Ela terminaria através de uma ligação, de um encontro e de uma amizade que dominaria a sua vida.

Mas ele é legal,  nunca se encaixou no modelo que você criou e nunca encaixará, cometerá os erros que você mais condena, mas algo nele sempre despertará um sentimento que você nunca saberá explicar.
Com ele você viajará, correrá de cachorros raivosos, sofrerá sua única tentativa de assalto, perderá noites, ligará 100 vezes, jogará as melhores partidas de videogame, não terá medo de nada e descobrirá que um ombro amigo é a solução de todos os seus problemas. 

Quando a vida lhe tirar uma pessoa importante, ele estará lá e lhe dirá que não pode te dizer mais nada e mesmo assim você ficará menos triste. 

Mas ele mentirá, lhe magoará, fará você sofrer como ninguém fez e mesmo assim você fará o que não entende. E sim, a sua amizade não será mais a mesma. Será mais uma vez diferente.

Mesmo com tanta dor e com tanto amor, a vida finalmente fará o que parece impossível, por tempo indeterminado,  vocês não ficarão mais juntos. Separados por um estado, por 1.640 km...separados.

Vocês  mal sabem mas a distância será ainda maior, por um oceano, por um ano e como não temer que seja por uma vida.

A esse gordo você deverá os seus melhores momentos.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Ahhhhh, os egocêntricos




Pessoas egocêntricas precisam de desculpas para falar de coisas que nunca diriam em voz alta. Mas tenha certeza, o vento levará cada palavra e a seu ver nada terá sido dito.
Prazer, você conheceu mais um ser egocêntrico.

Esse ser egocêntrico precisa da tempestade para esbravejar, de culpados para culpar até perceber que ele é sempre o vilão da história.

Depois do ódio, a verdade, da verdade a redenção. E o tal perdão? O perdão nunca é pensado no outro, ele é pensado na paz de espirito que o tal egocêntrico precisa sentir. Egocêntricos não pedem perdão, eles se perdoam. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Meu tudooooooo.


Quando o egoísmo precisa ir embora e o altruísmo precisa ficar. Quando se teme o medo e aceita a verdade. Quando a sua ausência é sinônimo de presença. Quando amo. E quando a saudade vira o principal tema da conversa.

Nunca disse que não seria dramática. Mas nos últimos 10 anos você foi tão meu que tá difícil aceitar o contrário.

Mas  vá lá, vá! Porque estou aqui torcendo por você, assistindo a sua vitória, sonhando com os  convites ao cinema, vibrando com cada novidade da sua viagem, sonhando com o nosso próximo encontro.

Te amoooooo e fico feliz quando percebo que minha previsão de 10 anos atrás demorou, mas aconteceu. Você não é qualquer pessoa, não seria qualquer profissional, você será o melhor entre nós e será o melhor exemplo que terei a seguir.



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quem é você?

Quem é você?
Resultado de quem te apontou?
Um pouco do que a vida criou?
Ou mais um personagem criado?
Você está certo ou errado?
Afinal, Quem é você?

Em 2013, as definições são tão temporárias,
Mudam com  as roupas, com os segundos
Mudam quando a gente decide ser outra pessoa.
Mudam quando as pessoas não aceitam quem somos.
E mais uma vez, quem é você?

Eu sou gay!
Sou ateu, já criei até personagens judeus.
Sou hetero,
Me chamam de gay, mas as vezes nem eu sei.
Sou negro, mas prefiro que me chamem de moreno
Afinal, dói menos do que assumir quem sou
Me vejo branco, mas ajo como todo malandro
E quando chega a noite ainda não sei definir quem sou.

E aí, decidiu? Quem você será?
Serei liberdade
Fruto da minha vontade
Serei o ato de permitir
Serei força e a mais pura coragem.

Serei eu!

domingo, 28 de julho de 2013

Do informativo ao provocativo


Pode parecer informação, mas me parece provocação.
Poderia ajudar, mas o intuito foi provocar questionamento.
E provocou!
Não enquanto a atitude dos outros. E sim, nas suas boas intenções.
Não tenho mais 12 anos. Aprendi a conhecer as pessoas, a questionar as informações e encontrar a maldade nas vozes mais doces.

E sim, não vi informação. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Deus é tudo menos besta

Passei alguns dias tentando entender porque Deus seria capaz de nos separar das pessoas que amamos.  E foi aí que percebi toda a sua genialidade. A cada vida que vivemos, ele nos faz reencontrar pessoas maravilhosas, e a longo dessas vidas, nos as encontramos, reconhecemos, amamos e, infelizmente, as perdemos. Afinal, o auge do amor é no momento da perda.

E perder um amor de 26 anos só dói menos porque sei que na próxima encarnação terei o prazer de reconhecê-la.

Não sei a primeira vez que a vi, nunca lembrarei, mas nunca esquecerei da última. Sei que olhava pra mim, mas não sei se me via. Sei que disse mais uma vez que a amava, ela apenas me disse poucas palavras que deduzo que foram uma bença. Sei que não fui a melhor pessoa pra ela, mas sei que ela foi a melhor pessoa que poderia ser pra mim.


Sei que ela não está mais me esperando, que não terei mais fogueira de São João e que nunca mais receberei ligações de aniversário. Sei que outubro será o mês mais vazio da minha vida. Sei que agora viverei um vazio, um vazio que nessa vida não será mais preenchido. Sei que a saudade dói, mas também sei que não tem mais volta. E isso dói mais.