domingo, 15 de maio de 2011

Desconstruindo a construção do Príncipe encantado.


  Toda menina tem overdose de contos de fadas, quando adolescente sofre mais uma overdose de novelinhas juvenis “amar o garotinho que te ama, mas o garotinho sempre desliza ao encontrar uma gostosona no meio do caminho, mas ele te ama”, na idade adulta vem a overdose de realidade com o excesso de drama “eu sou solteira, nenhum homem presta, então eu não vou prestar”, mas ela se engana, ela foi educada para prestar e amar como a melhor das servas.


Principe dos meus sonhos - filme "De repente 30"
  Mas ao atingir a fase que o príncipe deixa ser encantado para ser mais um homem com todo o seu defeito, a menina se perguntar “Perdoar o príncipe e continuar vivendo no seu reino utópico ou buscar um novo príncipe?” Por mais que o seu príncipe ainda tenha os trejeitos de um verdadeiro príncipe, o seu medo provoca uma seqüência de sensações de fracasso e insegurança que inviabilizam as obras do seu mundo ideal, enfim ele desmoronou e só você não consegue enxergar.

Principe dos meus sonhos -
filme "As Patricinhas de Beverly Hills
  Mas como toda princesa, você é destemida e decide desbravar novos reinos. “Let´s go em busca do príncipe perfeito” , ele precisa ser bonito, precisa ser carinhoso, precisa gostar de cinema, fotografia,gostar de rock mas não pode ser inflexível, precisa ter bom humor, ter paciência matinal, mas deve gostar da sua família, ser amigo dos seus amigos , comprar a sua briga e não precisa ser justo quando você estiver errada. Talvez você tenha a sorte de encontrar uma pessoa que apenas seja bonita, talvez você encontre o amigo dos seus amigos, talvez seja mais um membro da sua família, mas talvez ele apenas te faça feliz!

  Talvez você ou qualquer um dos seus príncipes não saiba que por mais trivial que pareça “basta fazer alguém feliz”, basta ter mais amor que projeção, não ter medo e apostar nas suas escolhas mesmo que o mundo seja contra elas, talvez a gente não precise ter apenas um príncipe, talvez tenhamos que passar por vários até encontrar o nosso. E se todo príncipe é igual? “Todo mundo é igual?” é a melhor resposta.



 Para continuar essa busca, eu acredito que essa tal princesa esteja optando por desconstruir

o tal príncipe, o tal reino, o tal cavalo branco e as tais armas que uma dia ela construiu.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Hoje é dia de Domenico




                                                Formatura de Iane - Povo do Isba
Lucas,

  Eu me lembro daquele Domi, o Domi que todo dia tinha um novo celular, que mostrava seu novo tênis e sempre questionava a sua bermuda (que não podia ser questionada por mais ninguém), que todo dia determinava o local que passaríamos o intervalo, mas selecionava algumas pessoas para fazer um micro passeio com ele,lembro da primeira aula de história do segundo ano e lembro que a professora disse que nunca mais (naquele ano) sentaríamos juntos, lembro de ver você Luizão e Iane rindo sempre e para sempre, lembro de passar o intervalo bebendo na praia de Ondina, de visitar o Ondina Tower, de você repetir mil vez o que achou da primeira vez que me viu e falar “você tinha cara de jegue”, de filarmos aula para estudar mais, mas nunca estudávamos mais!
  
Cortejo Afro com Pretta Gil

  Mas aí surge essa tal de Lucas, que particularmente eu ainda não o entendo e o aceito, eu prefiro aceitar sempre esse Domi. Mas Lucas tem o melhor de Domi, ele foi ficando cada vez mais ácido, critico, inteligente, pensando cada vez mais rápido e quando você acha que pode alcançá-lo, ele se mostra mais inteligente e safo. Com esse Lucas, eu não tinha mais o laço do ISBA, mas eu fui encontrando Domi nos menores detalhes dele e aí vieram as noitadas, as baladas e todo fim de semana fazíamos o nosso encontro, com os seus membros mais importantes, alguns convidados e os recém-chegados e os papeis foram se definindo, a vida foi se moldando, as obrigações, os deveres, o orgulho e um tanto de coisas fizeram provar que a vida não é só balada, não se tem amigos só de balada, mas o Domi sempre saberia disso, mas talvez o Lucas não soubesse.
  E nesse ataque de auto-suficiência e 
orgulho eu não me encaixava nesse tal mundo, mas eis que surge outra grande característica de Domi em Lucas, ele aprendeu ou demonstrou que as amizades vão alem de tudo e eu consegui perceber como preciso desse tal de Lucas e como Domi não estava perdido ou escondido atrás desse personagem.
  Eu precisei/preciso dar voltas, das cabeçadas na parede um tanto mais de torturas para poder falar que nesses 8 anos (Meu Deus são 8 anos) se manter amigos sem ter um laço que nos ligue, nos encontrar e ter outros assuntos além da escola, brigar da mesma forma que fazemos as pazes, ser um camaleão e reinventar a nossa amizade não é uma atitude para poucos, mas sim para esse tal de Lucas/Domi porque se até hoje nossa amizade existe, o mérito é mais seu do que meu, pois é você que me liga, você que não briga, você que não liga para o que acho, você que está sempre ao meu lado.
  E para variar eu disse um monte de coisa sem dizer porcaria nenhuma, mas saiba que eu te amo!