quarta-feira, 3 de julho de 2013

Deus é tudo menos besta

Passei alguns dias tentando entender porque Deus seria capaz de nos separar das pessoas que amamos.  E foi aí que percebi toda a sua genialidade. A cada vida que vivemos, ele nos faz reencontrar pessoas maravilhosas, e a longo dessas vidas, nos as encontramos, reconhecemos, amamos e, infelizmente, as perdemos. Afinal, o auge do amor é no momento da perda.

E perder um amor de 26 anos só dói menos porque sei que na próxima encarnação terei o prazer de reconhecê-la.

Não sei a primeira vez que a vi, nunca lembrarei, mas nunca esquecerei da última. Sei que olhava pra mim, mas não sei se me via. Sei que disse mais uma vez que a amava, ela apenas me disse poucas palavras que deduzo que foram uma bença. Sei que não fui a melhor pessoa pra ela, mas sei que ela foi a melhor pessoa que poderia ser pra mim.


Sei que ela não está mais me esperando, que não terei mais fogueira de São João e que nunca mais receberei ligações de aniversário. Sei que outubro será o mês mais vazio da minha vida. Sei que agora viverei um vazio, um vazio que nessa vida não será mais preenchido. Sei que a saudade dói, mas também sei que não tem mais volta. E isso dói mais. 

Um comentário:

Anônimo disse...

estarei aqui sempre...beijos Juci