segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Stand by me




  Acho que muito do que sou hoje foi formado ainda quando era criança. Os meus filmes e histórias prediletas têm muito a ver com o que considero importante, por exemplo, os meus filmes prediletos são “Conta Comigo – Stand by Me” e “Os Gonnies”, o que eles têm em comum? Os dois falam da amizade, da aventura entre amigos e como eles são importantes e eu cresci assim, inclusive no filme Conta Comigo tem uma frase que acho um máximo “Eu nunca terei amigos como os amigos que tive aos meus 10 anos de idade”.

  Eu realmente acredito que nunca terei amigos como os amigos que tive aos 10 anos de idade, hoje não os vejo, sei o que aconteceu a eles, na verdade eu preservei a imagem deles para não me entristecer ou me frustrar com a nossa relação atual. Eu cresci, fiz novos amigos e vivi novas amizades semelhante aquelas dos meus 10 anos de idade. E como todo o processo eu fui feliz, me frustrei, fui feliz e assim fui vivendo.

  Hoje avalio que somos tão egoístas, nós gostaríamos que os outros abandonassem suas vidas para entender os nossos problemas, que largassem os seus lazeres e se afogassem nos nossos problemas, que entendessem os nossos problemas, mas os nossos problemas são tão nossos!

  E quando parto do principio que os nossos problemas são tão nossos, essa premissa serve para nós e para vocês, se o meu problema é tão meu o seu problema é tão seu. Mas o nosso egoísmo não permite essa ótica, ele permite que um pequeno problema se torne cada vez maior, as coisas que não interessam passam a interessar e voltamos à mesma crise.
Mas quem detém o sentimento de amizade, a noção que pessoas diferentes reagem a problemas de maneiras diferentes sabe que nenhum problema é tão meu ou  tão seu, ele passa a ser nosso! Como ser feliz sabendo que um amigo seu não está feliz? Como observar uma “3º guerra mundial” sentando no sofá e comendo pipoca? Como ficar no meio de uma confusão e observar o caos e não fazer nada?

  Nós não podemos ser assim, não podemos ver as pessoas com determinados problemas e não se meter, nós podemos ajudar a  resolver, podemos  brigar, não devemos nos omitir e isso convém as pessoas. E sem criar mocinhos e bandidos, nós devemos fazer o que achamos certo, sem cobrar atos semelhantes, sem lamentar, implorar ou cobrar... Talvez esse seja o equilíbrio desse mundo,  pessoas mais egoístas e pessoas menos egoístas, pessoas que pensam sobre tudo e as que preferem não pensar em nada, os interessados e os interesseiros, a nossa única certeza é que   nenhum dos lados nos faz melhor ou pior que o outro